O corpo do caminhoneiro Johnson do Nascimento Lopes, uma das 16 vítimas do acidente com a aeronave da empresa NoAr Linhas Aéreas, poderá necessitar de exames de DNA para ser identificado. Com isso, a liberação por parte do Instituto Médico Legal (IML) de Recife ocorreria apenas durante o final da próxima semana.
A informação foi repassada à TRIBUNA DO NORTE pela esposa da vítima, Michele Lopes, na manhã desta sexta-feira (15) por telefone. Abalada e com a voz trêmula, por vezes chorando, Michele conversou e contou um pouco do cotidiano do marido com que era casada há 11 anos e tinha dois filhos, um de 3 e outro de 8 anos de idade. O sepultamento de Johnsson ocorrerá em São Paulo do Potengi, cidade onde nasceu.
A mulher ainda tenta conseguir forças para prosseguir vivendo. "Estamos tentando suportar. É tudo muito recente e não sei direito como fica o nosso futuro", lamentou Michele. Segundo ela, apesar das constantes viagens, Johnsson dedicava um tempo especial aos filhos quando estava em casa.
"Viciado" em vaquejada, ele não deixava de levar os filhos para acompanhar os eventos por todo o Rio Grande do Norte. "Mesmo pequenos, meu marido levava e não perdia nenhuma vaquejada aqui por perto".
O trabalho mais recente foi o frete de um carregamento de milho do Maranhão para o Rio Grande do Norte, mas a maioria das viagens ocorria dentro do Estado.
O voo 4896 da NoAr era o segundo que pegava na vida. Tinha muito medo de viajar dessa maneira. "Viajou porque recebeu proposta da Queiroz Galvão para trabalhar como motorista na Angola. Passaria quatro meses lá, para cada quinze dias aqui. A viagem já estava programada para o dia 19 de julho", esclareceu Michele.
A TRIBUNA já havia antecipado na quarta-feira, dia do acidente, a informação de que Johsson viajava para realizar os exames finais para ser aceito para o trabalho no país africano. Na oportunidade, a cunhada da vítima, Milene Lopes, já havia expressado a dor da família: "Não dá para comparar com qualquer coisa que já senti. É muito grande a tristeza. No final de semana, fomos a Richuelo para uma vaquejada e eu o alertava para a necessidade de chegar cedo para não perder o voo. Ocorria tudo dentro da rotina".
"Era um ótimo pai, ótimo marido e ótimo amigo. Ninguém está realmente acreditando no que aconteceu. Acho que era uma pessoa que não tinha sequer um inimigo. Estamos tentando suportar a dor", encerrou a mulher da vítima.
Fonte: TN Online
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