Em duas reportagens da Folha de S.Paulo, publicadas hoje, dá para notar que a situação do ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Antonio Palocci, está ficando difícil, quase insustentável.
Palocci está quase fora do governo.
A impressão que se tem é que a sua saída é questão de horas ou de dias.
Na primeira reportagem, Maria Clara Cabral, Fernanda Odilla e Vera Magalhães contam que desde ontem, após a aprovação da sua convocação na Comissão de Agricultura da Câmara para explicar o enriquecimento dos últimos anos, foram ampliadas "as dificuldades que ele encontra para se livrar da desconfiança em torno de seus negócios como consultor de empresas."
"A convocação foi aprovada sem que o PT e outros partidos governistas se mobilizassem em defesa de Palocci. A base do governo só esboçou uma reação no fim do dia, quando o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), anunciou a suspensão da convocação até terça-feira" - escrevem as jornalistas.
Na outra reportagem, Valdo Cruz e Natuza Nery relatam que "o ex-presidente Lula disse ao ministro Antonio Palocci que fez a sua parte e que, a partir de agora, cabe a ele se defender para pôr um fim à crise política."
Mais: contam que "a presidente Dilma recomendou o mesmo a seu ministro, dizendo que ele deve dar uma explicação pública sobre seu crescimento patrimonial o mais rapidamente possível."
"Os dois recados", escrevem os jornalistas, "foram dados dentro de uma avaliação de que a crise já começa a deteriorar a imagem do governo Dilma e que esse processo precisa ter um limite."
Brasília Urgente
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