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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NOSTALGIA NO OCASO


Eles estavam ali, a poucos metros de mim, com a mesma camisa glamourosa de outrora, o “Manto Sagrado” vestido nos mesmos heróis de minha infância, nos meus ídolos que me deram tanta alegria na voz do “Garotinho” José Carlos Araújo da rádio globo nas tardes de domingo, onde eu escutava no rádio e folheava a revista placar com a foto dos mesmos heróis que estavam ali a poucos metros de mim.

Me remeti ao início dos anos oitenta e “voei”, enquanto um filme colorido rodava cenas em minha mente do tempo em que eu desejava poder vê aqueles meus heróis, e eles ali, a poucos metros de mim. Entre os meus heróis de outrora e ainda de hoje, o meu filho Adonis correndo no gramado entre eles, com a mesma idade que eu tinha quando escutava e também apenas tinha um sonho com o meu radinho de pilha, se um dia poderia vê-los, pedir-lhes um autógrafo, abraçá- los.

Quando abracei Nunes, o “artilheiro das decisões”, lembrei no mesmo instante daquele gol antológico no dia 13 de dezembro de 81, aos 13 minutos do segundo tempo em Tóquio no final do mundial de clubes contra o Liverpool, onde todo bom rubro negro atingiu o ponto máximo de alegria e euforia.

Lembrei dos passes milimétricos de Adílio quando apertei na sua mão, do combate ostensivo e leal de Andrade - que dificilmente errava um passe - quando o abracei. Vi o “Deus da raça” Rondinelli e veio a imagem daquele gol redentor no final do estadual de 78 contra Vasco da Gama, cumprimentei o lépido, rápido e driblador Júlio Cézar Urigueller, admirei os cabelos brancos do goleador Cláudio Adão e remeti-me a como ele era forte e implacável na área, e fiquei ali ruminando na cachola de como o tempo muda quase tudo, muda certas condições. Muda as feições, muda o condicionamento físico e agilidade, muda certos conceitos, mais não muda a magia, o brio, e nem a sensação única de ser Flamenguista.

Os eternos ídolos de minha geração estavam no Potengí, e eu estava alí, para admirá-los, celebrá-los, agradecer-lhes e reverenciá-los.

Obrigado por todas as alegrias que vocês me proporcionaram meus eternos heróis!

Johan Adonis

6 comentários:

Fabricia Santos disse...

Meu amigo Competente!!! Você é benção e luz em tudo que faz.
Que o senhor derrame bençaos sem medida na
tua vida!!

João Luís disse...

Só faltou o resultado do jogo! rsrsrs
Também, algumas fotos seria legal, né?

Anônimo disse...

MEU CARO AMIGO JOHAN, QUE BELO COMENTÁRIO QUE VOCÊ FEZ, ESTAVA LENDO E FIQUEIARREPIADO DE EMOÇÃO COM SUA SINCERA DECLARAÇÃO, PARECE QUE FOI EU, VIAJANDO NO TÚNEL DO TEMPO E SENTINDO TUDO QUE VOCE SENTIU NAQUELA TARDE DE ONTEM. MEUS PARABENS A VOCE E AO SEU FILHO, QUE BOM SE OS JOGADORES LESSEM ESTA SUA DECLARAÇÃO, QUE TENHO CERTEZA FOI CINCERA, PARABENS AOS ORGANIZADORES E AO PODER PÚBLICO MUNICIPAL QUE TENHO CERTEZA DEU SUA CONTRIBUIÇÃO, MAIS UMA VEZ PARABENS JOHAN, PARABENS DE VERDADE.

Neinha disse...

Caro Johan confesso que de tanta emoção não teria tanta inspiração para descrever este momento inesquecível em minha vida, "esta tarde de domingo, que não tinha Zico e nem o Maracanã"!, mais tinha uma das melhores representações rubro-negra brasileira, muito obrigado Júnior por nos proporcionar este momento maravilhoso, e um obrigado especial a Rondinelli que "adotou" meus filhos para ficar ao seu lado sempre que possível neste domingo maravilhoso e inesquecível para minha família e para família rubro-negra brasileira.

Brunno Mariano disse...

Bela e comovente reflexão, o tempo tocou aqueles heróis como a todos toca, mas, por outro lado, reforçou o mito.

Parabéns pelo texto e, principalmente, pelo sentimento.

Erivaldo Alves Farias disse...

Parabens johan pelo presente que foi seu texto, que o chamo de Nostalgia Flamenguista lendo o texto

fui arrematado ao passado fazendo-me lembrar da epoca em que um time jogava como orquestra onde todos se afinavan

com o maestro (ZICO) que naquele momento substituia Ludwig Van BEETHOVEN os demais componentes jogovan em melodia,


ERIVALDO ALVES FARIAS