O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, falhou no teste de líder político do Poder Judiciário. O bate-boca na sessão de anteontem com o ministro Joaquim Barbosa foi o mais grave exemplo da insatisfação que reverberava nos bastidores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Truculento", "estrela", "exibido", "grosseiro", "pop star" e "brucutu" são alguns dos adjetivos que alguns ministros e integrantes do CNJ usam para se referir a Gilmar Mendes.
(No STF, a reclamação principal é de que o presidente avocou para si uma posição de líder intelectual e político num tribunal em que os ministros são iguais. Resumiu um ministro: Mendes age como presidencialista numa Casa que é parlamentarista.
(No STF, a reclamação principal é de que o presidente avocou para si uma posição de líder intelectual e político num tribunal em que os ministros são iguais. Resumiu um ministro: Mendes age como presidencialista numa Casa que é parlamentarista.
Nessa postura de liderança, avaliam alguns ministros, ele acabou por abrir diversas frentes de confronto, rivalizou com os demais Poderes e deixou o tribunal suscetível a críticas de todos os lados.
Ao mesmo tempo, Mendes comprou briga com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal, o Ministério Público e juízes de primeira instância, após a Operação Satiagraha, que levou Daniel Dantas à prisão, e, mais recentemente, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Quem fala o que quer ouve o que não quer", foi o desabafo feito anteontem por um membro do Ministério Público Federal, depois do bate-boca, conforme relato apurado pelo Estado junto a ministros do STF.
Além disso, ministros e integrantes do CNJ vinham reclamando do tratamento dispensado por Mendes nas sessões. A crítica é de que o ministro trata os colegas com descaso, em alguns casos de forma desrespeitosa. As consequências dessa forma de agir aparecem nas sessões e nas votações.
Em março deste ano, por exemplo, uma proposta de Mendes por pouco não foi derrotada no plenário do CNJ. O ministro queria aprovar uma recomendação para que os juízes priorizassem julgamentos de conflitos agrários, uma forma de tentar coibir as invasões de terra pelo MST.
Mas o ministro não apresentou previamente a proposta ou negociou com os colegas. Alguns conselheiros viram uma tentativa de Mendes de "enfiar goela abaixo" o texto. O resultado dessa postura foi um empate numa votação que parecia simples.
Sete conselheiros votaram favoravelmente à recomendação. Outros sete se manifestaram contra. Para evitar uma derrota política num assunto sem qualquer efeito prático, o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp, deu o voto de desempate em favor de Mendes.
Fonte: O Estado de S. Paulo
2 comentários:
Vejam a que ponto chegou o min. Gilmar Mendes durante o bate boca com o min. Joaquim Barbosa quando fala que o min. Joaquim Barbosa não tem posição assumida como ele Gimar Mendes tem agora pergunto desde quando um ministro da corte maior tem que ter que julgar atos que eles tenham que ter opinioes individualistas e colocar uma venda oas olhos p/ julgar e onde está a lei! é claro no papel...
Caro Johan Adonis
Não o conheço pessoalmente, mas o acho uma figura importante para o município de São Paulo do potengi. Tenho acompanhado daqui de São paulo - SP, as notícias desta querida região, da qual sou filho, há um bom tempo. Aliás,como já tive a oportunidade de declarar em comentários anteriores, sou filho do municípuio de Santa Maria, antigo distrito de SPP. Bem, soubre o Sr. Presidente do Supremo Tribunal Federal, Dr. Gilmar Mendes, o acho uma figura prepotente,arrogante e que, como disse o Exmo. Sr. ministro Joaquim Barbosa, está destruindo a credibilidade do judiciário brasileiro. Creio que por assim externar o meu ponto de vista sobre o personagem em questão, estou dispensado de emitir alguma justificativa, visto que os fatos recentes motivados pelo referido magistrado já justificam tal opinião. Porém, gostaria de parabenizar-lhe pelo novo visual do blog com a fotografia da moderna passarela sobre o rio potengi. Ela me fez lembrar de dias difíceis que aí passei em meados da década de 1970, quando era obrigado a atravessar este rio em uma canoa nos fins de semana, a fim de rever os meus familiares na então zona rural (Santa Maria). O político daí que teve a iniciativa de construir tal obra merece a gratidão eterna do povo potengiense, principalmente dos mais humildes. Digo-lhe ainda, aproveitando esta oportunidade, que São Paulo do Potengi já está por merecer há muito tempo de uma liderança na Assembléia Legislativa do RN. Após tanto tempo ausente daí, me surpreende o fato de não haver surgido ainda uma liderança capaz de assumir uma candidatura a Deputado Estadual. V. Sa. tem dito neste espaço virtual que o atual prefeito (o qual eu conheço pessoalmente) é a maior liderança política do município. Por que então não lançar o nome do mesmo, candidato nas eleições de 2010? V. Sa. não acharia viável, para o bem desta importante região, uma aliança política entre o ex-prefeito Naldinho e o atual Azevedo neste sentido? Será que aqueles que buscam o voto da região de 4 em 4 anos, realmente estão representando os reais interesses do povo dai? ou são daqueles que, a exemplo dos seus antepassados, só enxergam a região como um simples curral eleitoral? Francamente, Sr. Adonis, eu acho que já está mais do que na hora do povo daí abandonar as picuinhas políticas e se unir pelo bem da coletividade. Um abraço do seu leitor GILBERTO NASCIMENTO.
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