De Amauri Azevedo, Woden e personagens

Da gestão política

Amauri Araújo de Azevedo é tecnólogo em Gestão Pública, pela Facex, e clarinetista. Amarrado em informática, está 24 horas antenado com o mundo que existe além das fronteiras de São Paulo do Potengi. Não sai de casa sem o seu tablete e todos os domingos nos encontramos para um papo no terreiro de Pedrinho de Aquino, dono da Comercial Frei Damião, na Rua Bento Urbano, que desemboca na Praça Monsenhor Expedito. Amauri é filho de Ambrósio de Azevedo, grão-mestre de tal confraria e de outras da cidade. No plenário, conversa-se sobre tudo e todos respeitam as ideias de todos, até do pessoal do PT que também assina ponto. Um domingo desses, quem andou por lá foi o doutor Genibaldo Barros.

Domingo agora, já com a poluição sonorosa (que vem da feira) chegando aos insuportáveis três vezes por conta da campanha eleitoral, Amauri apareceu com uma pesquisa que andou fazendo sobre Gestão Pública e seus personagens que, na sua lista, são oito, cada um deles devidamente nominado e identificado. Amauri tirou o texto do tablet, imprimiu-o e distribuiu cópias para o pessoal da roda e, certamente, anda fazendo chegá-lo a outras pessoas, com a devida recomendação ecológica que se lê no rodapé: “Não jogue este folheto na rua”.

Os oito personagens que Amauri encontrou na Gestão Pública são batizados de Marionete, Fantasma, Laranja, Lagartixa, Tesoureiro, Carrapato, Palhaço e Elefante Branco. E o que é que essa trupe faz pelos gabinetes, salas e antessalas onde se instala o grande, enorme, gigantesco circo da gestão pública brasileira? Antes de chegar lá, vamos recorrer a colocações teóricas expostas pelo nosso especialista. Diz ele:

- No mundo da Gestão Pública também encontramos alguns personagens que fazem parte de diversos setores da Administração Pública. Os personagens, aqui relacionados, são encontrados com frequência no modelo de Gestão Patrimonialista ou Paternalista. O mesmo não acontece no modelo de Gestão Gerencialista.

Então saiba o que é o personagem Marionete: “Pessoa que é manipulada por outra pessoa”; o Fantasma: “Servidor que nunca comparece ao trabalho; apenas assina o ponto de frequência”; Laranja: “Pessoa que assume o lugar de um servidor; não tem nenhum vínculo empregatício; dá cobertura a um fantasma; recebe uma merreca; não contribui com a Previdência; não tem nenhum direito previdenciário e ainda arrisca levar uma cadeia”; Lagartixa: “Político que só balança a cabeça; não tem poder de decisão; também conhecido como ‘bunda mole’”; Tesoueiro: “Aparador de grama; podador de árvores; nas baladas, sempre se passa por Gestor Contábil”; Carrapato: “Político que não faz nada e só vive de sugar dinheiro do povo”; Palhaço: “Tirando os corruptos e os corruptores, são todos os Cidadãos Brasileiros”; Elefante Branco: “São obras inacabadas ou, às vezes, prontas, mas, em desuso. Em sua grande maioria, há desvio de dinheiro público”.

Matéria de destaque da Coluna de Woden Madruga de hoje (01/08).

Do Blog: será que aqui em São Paulo do Potengi existem esses personagens Amauri?